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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Prémio Nacional de Ilustração 2010









Já saíram os resultados da 14ª edição do Prémio Nacional de Ilustração. O 1º Prémio foi para o Bernardo Carvalho com as ilustrações do livro "Depressa devagar" editado pela Planeta Tangerina. Quanto às menções honrosas, foram atribuídas a Madalena Matoso com as ilustrações de "Andar por aí", também editado pela Planeta Tangerina, e à Marta Madureira com o "O livro dos medos" editado pela Trampolim.
A todos os três um imenso PARABÉNS e um enorme agradecimento por nos deliciarem com os vossos trabalhos.
Quanto ao "O Tubarão na Banheira", foi uma das 12 obras cujas ilustrações mereceram destaque pelo júri, num universo de 117 obras de 76 ilustradores. Mais pormenores aqui. Um agradecimento a todos vocês por engrandecerem a cor num país que se quer mais colorido.

Paulo Galindro

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Poupa já pousou nas livrarias





Hoje fui informado que "A Poupa Poupada", o novo livro da editora Livros Horizonte, escrito por António Almeida e Orlando Strecht-Ribeiro e ilustrado por mim já se encontra à venda nas livrarias, num timing perfeito com a 80ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que começa no próximo dia 29 de Abril. Nas fotografias acima apresentadas podem ver a capa deste novo livro, bem como uma fotografia de todo o material que utilizei para concepção das ilustrações.

Espero que gostem!

Aproveito ainda para dizer que eu e o David Machado, autor de "O Tubarão na Banheira" iremos lá estar para sessões de autógrafos nos dias 9 (das 17h às 19h), 15 (das 15h às 17h) e 16 de Maio (das 17h às 19h).
Ah! Já me esquecia! Nesse mesmo evento, nos dias 9 e 15 de Maio, das 17h às 19h será apresentada uma peça de teatro de marionetas de "O Tubarão na Banheira". Quando souber mais pormenores direi.

Paulo Galindro

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Margarida



Mais uma ilustração da Natalina. Chama-se "Margarida", e foi feita especialmente para....

uma menina chamada Margarida.


Paulo Galindro

quarta-feira, 14 de abril de 2010

IluXStrações






SSão ilustrações tamanho XS (13 x 17 cm, mais coisa menos coisa) mas feitas com muito carinho pela Natalina, com papel, pedaços de tecido descobertos aqui e ali, caneta e outras coisas mais... e só custam 5 euros (+ portes de envio).
Se quiserem encomendar, é fácil... basta enviarem-nos um mail, ligarem-nos para o telemóvel, fazerem sinais de fumo, meterem-se connosco no Facebook ou, caso nenhum destes sofisticados meios funcione, atirarem uma garrafa para o Rio Tejo com uma mensagem lá dentro.
Agora vou colocá-las na montra da nossa loja virtual.

Paulo Galindro

domingo, 11 de abril de 2010

Amor aos livros




Já muitas vezes tentei explicar o quanto amo os livros, e não consigo. A última tentativa foi no evento XI Mora Caiada de Contos, onde no passado dia 7 tive o privilégio de dar uma palestra. E porquê? Porque o amor, seja qual for a sua expressão, não se explica. Pelo menos assim pensava eu até dar de caras com este vídeo.

Paulo Galindro

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dia da Árvore

Dia Mundial da Árvore
Técnica mista sobre MDF
21 x 30 cm

Esta ilustração é uma das 6 ilustrações a realizar por mim para a capa do destacável "Rebentos" que integra a publicação bimestral "Folha Viva", uma revista de ambiente do Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio de Coina, produzida pela Divisão de Sustentabilidade Ambiental da Câmara Municipal do Barreiro. Como é óbvio, todas as ilustrações terão como tema o ambiente. Esta em particular ilustra o Dia Mundial da Árvore - 21 de Março - o dia em que a referida publicação ficou disponível.


Paulo Galindro

domingo, 4 de abril de 2010

Em Itália #5: Terra de Siena queimada


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Agora percebo a razão do nome do famoso pigmento que deu origem à cor Terra de Siena Queimada. Siena é uma jóia feita de um 1.000.0000 de tons ocres, castanhos, verdes, amarelos... uma patine de cores queimadas pela passagem dos tempos e do tempo.
É uma cidade tão pequena que se pode conhecer num dia, e no entanto, percorrer as suas ruas labirínticas  é uma fonte de prazeres sensoriais inesgotável... sinto que poderia aqui viver um ano e continuar a ser uma surpresa deambular por aqui. Mas desenganem-se se pensam em grandes revelações visuais ou em monumentos inesquecíveis... Siena é feita de pequenos pormenores, de recantos que só se desvendam a quem os merecer... é feita de cheiros, dos aconchegos das suas lojas de produtos alimentares.... é feita de toque, de texturas e irregularidades, de paredes tortas e janelas que as furam, aperaltadas com flores, estendais e cortinas que nos convidam a conhecer quem vive por detrás delas. É feita de subidas e descidas tão íngremes que quase precisamos de um Sherpa para as subir ou descer, respectivamente. E é feita de caracóis. Isso mesmo... caracóis. Há figuras de caracóis por todo o lado. Ainda não descobri o porquê, talvez seja um símbolo para a cidade, decorrente da sua história. Mas para mim, basta-me a ideia de que a melhor forma de usufruir este tesouro, é mesmo percorrer o empedrado das suas ruas ao ritmo de um caracol.

Assim terminámos a nossa pequena visita a este belíssimo país. Daquilo que tínhamos programado, algumas coisa ficaram por ver. Mas não nos importamos porque sabemos com toda a certeza de que voltaremos aqui.

Paulo Galindro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Em Itália #4: Mais um pouco de Florença











Peço perdão por repetir um pouco o conteúdo do post anterior, mas a Basílica di Santa Maria Del Fiori tocou tanto a minha sensibilidade de arquitecto e de ilustrador que não poderia deixar de o fazer. Para que possam fazer uma ideia um pouco mais aproximanada da grandeza desta obra, apresento mais umas fotografias dos frescos da cúpula, mas com uma definição e dimensão maiores. Deste modo, se clicarem nas respectivas imagens podem visualizá-las com muito mais detalhe. No que se refere à escala da pintura, que nas fotografias nunca é muito clara a não ser que apareça uma pessoa que permita a comparação (e neste caso só se fosse o Homem-aranha), saibam por exemplo, que as personagens que ilustram a base da cúpula devem ter aproximadamente 3,50 metros, sendo que a sua dimensão vai reduzindo à medida que se aproximam do ponto mais alto, junto ao óculo (que representa a ascensão ao céu) para um efeito perspéctico de cortar a respiração.
Tendo eu já executado alguns (muito humildes) murais, apenas em alguns deles a ilustração se desenvolveu um pouco pelo tecto, que nunca apresentou um pé-direito superior a 3 metros e uma área superior a 12 m2. E posso afirmar que é extremamente difícil: em pouco tempo o sangue deixa de circular no braço e este começa a perder sensibilidade e a pesar 1000 kg, o pescoço começa a doer e a pintura começa a ressentir-se. Nesse momento tudo o que queremos é acabar rapidamente o trabalho e juramos a pé juntos que nunca mais nos meteremos noutra igual. Agora imaginem o que é pintar um tecto com 3600 m2 a uma altura de aproximadamente 25 andares, durante 11 anos.

Uma nota final.... dizer que esta basílica tem uma cúpula é apenas uma força de expressão... na verdade, são duas cúpulas... uma exterior e uma interior, com um espaço percorrível pelo meio, como se pode ver nas fotografias acima. É uma sensação estranha percorrer este espaço intersticial, que de tão opressivo é impróprio para cardíacos e claustrofóbicos, sabendo que sob os nossos pés se estende uma superfície curva pintada com o Juizo Final, e sob as nossas cabeças, quase a tocar-lhes, uma superfície curva que nos protege do céu.

Paulo Galindro