Hoje é o Dia da Criança. Um dia que, desde sempre, me transmite uma confusão de sentimentos, fazendo-me oscilar entre sentimentos opostos de luminosa alegria e profunda tristeza.
Se é verdade que o melhor do mundo são mesmo as crianças, também é verdade que, num mundo menos imperfeito que o nosso, não precisariamos de uma data assinalada num qualquer calendário ou agenda electrónica para nos lembrar de tal facto.
Hoje vou levar o meu filho à escola... o que é muito raro pois como muitos amigos saberão, trabalho a uma distância duas horas (de transportes públicos) da minha residência. Na escola todas as crianças exibem um sorriso colorido bem estampado nas suas pequenas faces.
No jornal, uma fotografia de pequeníssimos dedos gretados, trilhados por metros e metros de fio de nylon com que se cosem sapatos para marcas que todos usamos... e bolas para campeonatos que todos vemos.
Conforme previamente combinado com a respectiva educadora-de-infância, e aproveitando o facto desta data coincidir com o lançamento do meu livro (ver post seguinte), hoje vou contar a história que, juntamente com a Mafalda Milhões da editora O Bichinho de Conto, escrevi.
Nas revistas e nos jornais dos quiosques, por entre as prateleiras, escondem-se pequenos rostos que desconhecem a alegria de uma história contada com amor pelos seus pais antes do mergulho diário no mundo dos sonhos;
Crianças em pastelarias comem bolos carregados de creme (como só uma criança sabe comer) sob o olhar feliz e especialmente permissivo dos seus pais.
Na Sic Notícias, um teaser mostra - ao estilo de um videoclip de uma qualquer banda de intervenção - crianças para quem o aço frio de uma metralhadora, a forma esférica de uma granada e o cheiro a pólvora detonada são mais familiares do que o toque quente de um peluche ou o aroma a cacau acabado de fazer.
O nosso mundo não é perfeito, nem nunca o será. Contudo, talvez um dia evoluamos o suficiente para podermos somar a este o dia os restantes 364 dias do ano.
PS: Num dia como este, nunca será demais dar um pulo ao sítio da UNICEF e recordar a Convenção Sobre os Direitos das Crianças
Paulo Galindro
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminar