Sem WWW, TM, Wi-Fi, PDA, SMS, MSN ou qualquer outra geringonça "modernaça" de sigla indecifrável para o informar atempadamente da ocasião, na solidão confortável e quentinha do útero da Mãe, o Miguel tomou uma das mais importantes decisões da sua vida... virar-se de cabeça para baixo. Toda a força da natureza num pequeno, muito pequeno gesto. Uma acrobacia de 180º que é um manifesto da sua vontade de nascer, de evoluir, de conhecer um mundo que lhe é totalmente estranho, do qual "apenas" conhece o som e "pouco mais": a omnipresença aconchegante da voz dos pais e do irmão, o ritmo poderoso do coração materno, o ruido de fundo da cidade, o rugir dos motores do avião que passa, o embalo da voz de Maria Callas numa ária da "Madame Butterfly" de Pucinni, uma música de Caetano Veloso,o som da chuva (ou será do chuveiro?),...
Paulo Galindro
Não sei para que queres tu tirar um curso de escrita criativa...
ResponderEliminarQuem escreve assim não é gago!
Tá lindo!
Beeijocas para todos