Dia#10
Hoje não pintei, carpintei. Aliás, carpintámos pois, antevendo um dia de trabalho com tarefas que dificilmente conseguiria fazer sozinho, pedi ajuda ao meu pai, o ilustre Sr.António Galindro.
Essa antevisão cedo se revelou muito pouco pessimista. O trabalho foi muito mais difícil e fisicamente exigente do que alguma vez eu poderia imaginar, e a maior parte dos objectivos a que me propus atingir ficou pelo caminho.
O dia (e foi mesmo um dia inteiro, das 10:00 h às 20:00 h com intervalo para o almoço) começou com a colocação de uma película de plástico na parede, para protecção da ilustração.
Sem mais delongas, demos início ao corte dos painéis de MDF - muito pesados e grandes para uma pessoa só manobrar - com uma serra tico-tico, dando-lhe a forma orgânica da relva no seu topo. Aquilo que atrás resumi em 34 palavras demorou cerca de 6 horas, e apenas conseguimos cortar 12 das 20, tal era o grau de exaustão que me atingiu os braços. A restantes 2 horas passámo-las a lixar as madeiras já cortadas, conferindo às arestas um acabamento suave ao toque, e a limpar uma quantidade astronómica e marciana de um pó de serradura alaranjado muito fino e extremamente tóxico que até nos poros da pele se consegue infiltrar. Fiquei extenuado.
Quanto à música, não obstante não a conseguir ouvir na maior parte do dia devido ao ruído das ferramentas eléctricas e aos auriculares de protecção, esteve a cargo das várias Opus de Ludwig Van Beethoven, da Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler e dos Concertos de Brandenburgo de J. S. Bach. A todos os iluminados que compuseram estes milagres musicais, um imenso pedido de desculpa pela falta de atenção. No fim do dia, Midnight Juggernauts e a sua electropop cósmico-dançável de "Dystopia" ajudaram-me a repor um pouco da imensa energia que perdi hoje.
Paulo Galindro
Hoje não pintei, carpintei. Aliás, carpintámos pois, antevendo um dia de trabalho com tarefas que dificilmente conseguiria fazer sozinho, pedi ajuda ao meu pai, o ilustre Sr.António Galindro.
Essa antevisão cedo se revelou muito pouco pessimista. O trabalho foi muito mais difícil e fisicamente exigente do que alguma vez eu poderia imaginar, e a maior parte dos objectivos a que me propus atingir ficou pelo caminho.
O dia (e foi mesmo um dia inteiro, das 10:00 h às 20:00 h com intervalo para o almoço) começou com a colocação de uma película de plástico na parede, para protecção da ilustração.
Sem mais delongas, demos início ao corte dos painéis de MDF - muito pesados e grandes para uma pessoa só manobrar - com uma serra tico-tico, dando-lhe a forma orgânica da relva no seu topo. Aquilo que atrás resumi em 34 palavras demorou cerca de 6 horas, e apenas conseguimos cortar 12 das 20, tal era o grau de exaustão que me atingiu os braços. A restantes 2 horas passámo-las a lixar as madeiras já cortadas, conferindo às arestas um acabamento suave ao toque, e a limpar uma quantidade astronómica e marciana de um pó de serradura alaranjado muito fino e extremamente tóxico que até nos poros da pele se consegue infiltrar. Fiquei extenuado.
Quanto à música, não obstante não a conseguir ouvir na maior parte do dia devido ao ruído das ferramentas eléctricas e aos auriculares de protecção, esteve a cargo das várias Opus de Ludwig Van Beethoven, da Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler e dos Concertos de Brandenburgo de J. S. Bach. A todos os iluminados que compuseram estes milagres musicais, um imenso pedido de desculpa pela falta de atenção. No fim do dia, Midnight Juggernauts e a sua electropop cósmico-dançável de "Dystopia" ajudaram-me a repor um pouco da imensa energia que perdi hoje.
Paulo Galindro
Acho que esta a quedar fantastica. Saúdos e apertas
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