Pois é! Cá estamos... tudo o que é bom ou acaba depressa, ou é pecado, ou então faz mal. E neste caso as férias foram-se num instante. Acabou-se a omnipresença dos grande horizontes, acabaram-se os mergulhos num mar-chá de 24º de onde não apetecia mais sair, acabou-se a total despreocupação de tirarmos a areia dos pés, acabaram-se os sons matinais do burro e do tractor, acabaram-se as sinfonias dos animais nocturnos sob um glorioso céu nocturno, acabaram-se as observações binoculares da abóboda celeste e muito especialmente do planeta Júpiter e das suas luas que estavam absolutamente brilhantes, acabou-se a presença constante das osgas e das aranhas e das melgas e das moscas e das formigas, acabaram-se os dedos doridos de tanto treinar guitarra, acabaram-se as sestas com "Os Pilares da Terra" devidamente apoiados sobre o meu nariz e também os churrascos despreocupados de quem não tem jeito nenhum para os fazer.
Ficaram as saudades, e a certeza de que tudo isto é mais belo por isso mesmo, por ter um fim.
Mal vejo a hora de ter novamente as minhas mãos sujas de tinta.
Paulo Galindro
pois...mas cá por mim preferia as férias! trocava-as de boa vontade pelas tintas e pincéis!
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