A propósito do
post anterior, onde fiz a apologia dos transportes públicos e das suas vantagens e desvantagens, uma das mais-valias que referi foi o a tremenda experiência humana que é conviver directamente com pessoas de todos os extractos sociais, num ambiente verdadeiramente democrático (num transporte público todos somos, em certa medida, iguais), e da possibilidade de subvertermos o nosso percurso habitual, com todo o potencial de novas experiências que daí podem advir. E esta subversão é, de facto, uma das coisas que mais gosto de fazer. Basta alterar um pouco o meu trajecto - ir pela Rua Augusta e Chiado - e deparo-me com experiências destas... poder conviver um pouco com este senhor, de nome Yarets Vladimir Alekseevich, com 70 anos, e que em 2000 decidiu dar a volta ao mundo de mota. Começou na sua terra-natal, Minsk, na Bielorrússia, e ao todo já fez cerca de 740.000 km (
3 vezes mais do que eu), e já passou por todos os países assinalados no mapa (em Outubro de 2010 eram 69 países). Estivemos a falar um bom bocado... por gestos, e não devido a constrangimentos linguísticos, já que Yarets é surdo-mudo. Podem acompanhar esta viagem iniciática através da sua página pessoal.
Eu, por mim, não me importava nada de envelhecer assim.
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