Hoje morreu, aos 104 anos de idade, Oscar Niemeyer, uma das maiores referências da arquitectura moderna. Nem sequer tentarei ter a presunção de descrever em poucas palavras o quanto a vida deste homem renanscentista foi rica, assim como é riquíssimo o legado que nos deixou. Seria imperdoável da minha parte, nem o saldo do meu léxico me chegaria para um tamanho investimento. Apenas posso afirmar que o seu amor exacerbado pela vida ("Amo a vida e a vida me ama. Somos um casalzinho insuportável."), e a forma como o transpôs para a sua obra tão multifacetada - organica e sensual - me inspirou de todas as formas possíveis... Como arquitecto, mas acima de tudo como ilustrador. O meu amor pelas linhas sinuosas e pela fluidez no traço devo-o em muito a ele, que uma vez afirmou:
"O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que no encontro sinuoso dos nossos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curva é feito todo o universo. O universo curvo de Einstein"
Não me sinto triste, nem lamento a morte de Oscar Niemeyer. Como sentir isso de alguém que viveu tanto e de forma tão apaixonada a vida, e que morreu a viver a sua lenda pessoal tão intensamente. Os últimos projectoS de arquitectura datam mesmo de 2010.
É... tal como ele afirmou, "A vida é um sopro". Algumas vezes mesmo um singelo suspiro. Mas neste caso, foi um soprar imenso e intenso - a plenos pulmões - para encher de uma vez só esse imenso balão chamado VIDA. E quando este Balão está cheio, os nossos pés deixam de tocar a terra de uma forma quase imperceptível.
Obrigado ON, e até sempre
PS: Para conhecerem alguns dos seus edifícios mais belo, voem até aqui.
Era uma admiradora do seu trabalho e da sua forma de pensar :)
ResponderEliminarTambém eu Ângela, também eu. Foi um dos primeiros arquitectos cujo trabalho me apaixonei quando comeceii a estudar arquitectura. Mas foi essencialmente a pessoa que me cativou.
ResponderEliminarEspero que todos tenham sido desfrutar deste grande homem que foi Oscar, a verdade que além de ser um grande arquiteto, uma grande pessoa, eu tive a sorte de encontrá-lo uma vez quando eu estava comendo em a figueira rubaiyat
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