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domingo, 29 de novembro de 2015

Mais uma ilustração para ajudar a Ajudaris




Esta ilustração é o meu humilde contributo para a ajudar a Associação Ajudaris, elaborada a partir de uma história criada por crianças do Jardim de infância da Moita do Boi, do Agrupamento de Escolas de Pombal. A história chama-se "O Coelhinho Joca", e fala-nos sobre uma linda amizade entre uma família de coelhos e um urso. E mais não posso dizer... se quiserem descobrir esta e outras histórias escritas por crianças e ilustradas por um monte de ilustradores que altruísticamente ofereceram o seu trabalho, basta comprarem aqui um dos 3 livros (ou todos os 3, inteiramente dedicados ao tema "Valores" que foram editados pela Ajudaris, este ano, com design e concepção gráfica da Pato Lógico). Cada exemplar custa 5 euros, que reverterão na íntegra para o grande objectivo desta associação sem fins lucrativos, sediada na freguesia do Bonfim, concelho do Porto:

actuar em áreas tão específicas como a do auxílio no combate à pobreza e às novas formas de exclusão social, que infelizmente, nos tristes dias que correm, são cada vez mais.

Numa sociedade verdadeiramente evoluída, ninguém deveria ficar para trás. E sabem de uma coisa? Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro. E para além disso, conhecerão vocês um presente que incorpore essa energia (infelizmente cada vez rara, e que ao contrário do que muita gente pensa, o sinónimo não é Cartão de Crédito) que se chama Espírito de Natal?

sábado, 28 de novembro de 2015

"Life is like a book son. And every book has an end."


"Life is like a book son. And every book has an end. No matter how much you like that book you will get to the last page and it will end. No book is complete without its end. And once you get there, only when you read the last words, will you see how good the book is."
"Only when you accept that one day you'll die can you let go and make the best out of your life. And that's the big secret. That's the miracle"

O que posso eu dizer sobre esta novela gráfica? Que há livros assim, que chegam no momento perfeito com o estado de espírito perfeito. Quando isto acontece, acredito que não fomos nós que escolhemos o livro, mas sim o livro que nos escolheu a nós. Não tenho uma religião, mas acredito que em cada instante da nossa vida, o universo nos confronta apenas com aquilo que de alguma forma conseguimos lidar. E este livro foi mesmo isso... não poderia ter vindo em melhor hora da minha vida. Uma experiência transcendental, dificilmente traduzível por palavras. Aliás, se o fosse, seria "meramente" mais um livro.

Se puderem, não deixem de o ler. Já faz parte de uma biblioteca muito especial que só existe no meu coração.


What can I say about this graphic novel? That there are few books like this, arriving in perfect time with the perfect frame of mind. When this happens, I believe that we didn't chose the book, but the book choose us. I have no religion, but I believe that in every moment of our life, the universe confronts us with just what we somehow, can manage. And this book is exactly like this... it couldn't have come at a better time in my life. A transcendental experience, hardly translatable into words. In fact, if it were, it would be "merely" another book.
This book is already part of a very exclusive library that exists only in my heart.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

7 ilustrações para uma clínica dentária - Capítulo 6

O teu sorriso contagia-me from Paulo Galindro on Vimeo.




Esta é a sexta ilustração, de um conjunto de 7, especialmente concebidas para dinamizarem os diversos espaços da novíssima clínica dentária MD Kids, localizada na Rua Castilho, em Lisboa.
Colocada num dos consultórios, esta ilustração chama-se "O teu sorriso contagia-me" e foi executada em técnica mista sobre MDF de 50x70 cm, com 5 mm de espessura.


This is the sixth illustration from a set of 7, especially designed to streamline the various spaces of the newest dental clinic MD Kids, located in Rua Castilho, Lisbon.
Placed in one of the treatment rooms, this illustration is called "I love your smile is contagious to me !!!" and it was executed in mixed media on MDF 50x70 cm, 5 mm thick.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Luz e Escuridão



O pré-lançamento deste livro já tinha ocorrido no Fólio - Festival Internacional Literário de Óbidos, no passado dia 24 de Outubro. Exclusivamente nesse dia, foi vendido a todos aqueles que por lá apareceram.

O lançamento oficial do livro ocorreu este fim de semana, na lindíssima livraria Ler Devagar, na LX Factory. A apresentação ficou a cargo do inesquecível e carismático José Barata Moura, que dispensa qualquer apresentação.

Este livro é muito importante para mim. Todos os livros que até agora ilustrei o foram, mas este em particular, tocou-me de uma forma muito pessoal e visceral. E porquê?
  1. Porque desde a primeira letra da primeira linha do primeiro parágrafo que me identifiquei totalmente com o personagem principal, e com o seu mundo simultaneamente escuro e luminoso. Chama-se Óscar, e é um ser imperfeito (diz o David Machado que tem um fascínio por seres imperfeitos... descubram vocês mesmos nos belos livros dele), mas podia chamar-se PêGuê, que também é um ser imperfeito. Quem me conhece sabe que vivo com um pé em cada um destes mundos opostos que se complementam, que não vivem um sem o outro. Como tudo na vida, ter os pés nestas extremidades tem um lado bom e um lado mau. O bom, é porque é uma benção que nos torna fortes, criativos e por vezes em combustão expontânea como uma estrela, uma supernova. O mau, porque é uma maldição que nos torna frágeis, melancólicos e por vezes, tão escuros como um Buraco Negro de onde - dizem os astrofísicos - nem a luz escapa. Algures no meio andará a virtude  - o chamado "Caminho do Meio", pelos Budistas - que eu raramente conheci. Infelizmente, há muito que passei o meu prazo de garantia... já não posso ser devolvido à fábrica para ajustes.
  2. Porque nunca perdi o olhar infantil de uma criança que pela primeira vez olha para cima, para lá dos seus pais, e fica para sempre hipnotizada pelo oceano infindável de luzinhas intermitentes que nos cobre a cabeça desde o momento em que ainda éramos seres unicelulares a flutuar numa sopa caótica feita de vida, há uns meros milhões de anos. 
  3. Porque é sempre bom trabalhar com um escritor como o David Machado. Os nossos caminhos cruzaram-se uma vez mais - sem tubarões à mistura - e sei que vai voltar a acontecer, sabe-se lá como, e em que formato.
  4. Porque dediquei este livro à minha mãe, "(...) que se desmaterializou e se transformou numa linda estrela. Há luzes que jamais se apagam.". Desculpem-me Carl Sagan e Katsushika Hokusai, pela alteração de última hora, mas infelizmente, e pelas piores razões, tive de o fazer.


Este livro é todo para ti,
Mãe,
onde quer que estejas.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O Espirito do Vinho




Com tudo o que aconteceu nestes últimos tempos, são muitos os momentos em que me sinto lá em baixo, deprimido, triste e sem grande força anímica para criar algo que seja o oposto do inverno interior que me tem fustigado. Não é fácil sair desse estado de torpor... muitas vezes não o consigo. Mas quando o consigo, entro num estado de leveza tal que evito abrir janelas cá em casa, não vá ser arrastado pela pouca brisa deste novembro ensolarado que está a acontecer lá fora. Os pensamentos envoltos numa neblina pegadiça ficam lá para trás, e sinto um vazio bom dentro de mim. Silencioso. Apaziguador. Leve com um dente de leão ao vento.

Não sei como é que vocês lidam com estes momento menos bons da vida. Comigo, o segredo está no sujar das mãos. Quanto mais sujo as mãos, mais leve me sinto. O Paulo Etéreo ergue-se lentamente, muito lentamente, deixando para trás o Paulo Material, preso ao chão porque atualmente a sua matéria anda um pouco mais densa do que o desejável. Se eu fosse seguidor do espiritismo professado por Allan Kardec e Madame Blavatsky, este seria o momento em que diria que estes dois Paulos mantêm-se ligados entre si por um cordão "umbilical" prateado. Mas não... lamento desiludir os espíritas nesta matéria, mas aquilo que une o meu lado etéreo ao meu lado material é exactamente a sujidade que tenho nas mãos. A sujidade da cores das tintas. A sujidade dos carvões. A sujidade dos lápis de cera e dos pastéis. A sujidade que deixa rasto nos meus diários gráficos... trilhos feitos de impressões digitais que mais tarde me guiarão até aos sentimentos e às emoções que os produziram. Mesmo quando ilustro em ambiente digital, há um universo de esboços preparatórios nos meus cadernos que me deixam as mãos negras como a mais negra noite.

Curioso, agora que penso nisso... acabei de descobrir inadvertidamente que há um outro indicador nos meus esboços que me ajudam a traduzir a minha geografia emocional do momento: o grau de sujidade e de linhas sobrepostas, que se cruzam e se enleiam entre si até encontrarem aquilo que procuro. Ou seja... em bom português, quanto mais porcalhão, confuso e "peludo" (como diria o meu grande mestre, o arquiteto Miguel Mira, professor de desenho da faculdade que me ajudou a destruir todas as tretas que me foram transmitidas durante 12 anos de escola) é um esboço produzido por mim, mais denso e pesado me sinto no momento em que o fiz. Mais energia precisei para atingir a leveza que me salva das garras das tristeza. Tem lógica... os foguetões precisam de uma quantidade brutal de combustível para vencer a força da gravidade e o peso da atmosfera. De outro modo, não passam de foguetes nas festas de Agosto.

Portanto... resumindo, para mim tudo se resume a vencer o torpor e a inércia da tristeza, e sujar as mãos com um qualquer material que sirva para desenhar, pintar, garatujar ou borrar. Esse é o combustível que me ajudará a vencer a minha gravidade, e é dentro dessa lógica não newtoniana que ultimamente tenho andado a fazer experiências cromáticas com vinho, e por isso mesmo a sujar as mãos, digamos, de uma forma mais etílica. A boa e doce vinhaça portuguesa, que num acto de loucura, vai ser para mim um material de desenho e pintura durante um evento em que irei participar em Dezembro. Ando por isso em testes cromáticos com vários vinhos, para já de várias regiões, mais tarde de uma só. Testes com vinhos saídos da garrafa. Testes com vinhos reduzidos com e sem aditivos naturais por mim introduzidos. Tudo serve para descobrir as potencialidades cromáticas vinícolas (e não só), procurando deste modo conjurar o Espirito do Vinho, que espero me ajude neste desafio / loucura  em que aceitei participar.


E o mais giro disto tudo... não é todos os dias que podemos beber o material de pintura.





terça-feira, 10 de novembro de 2015

7 ilustrações para uma clínica dentária - Capítulo 5






Esta é a quinta ilustração, de um conjunto de 7, especialmente concebidas para dinamizarem os diversos espaços da novíssima clínica dentária MD Kids, localizada na Rua Castilho, em Lisboa.
Colocada num dos consultórios, esta ilustração chama-se "Adoro quando me fazes rir" e foi executada em técnica mista sobre MDF de 50x70 cm, com 5 mm de espessura.


This is the fifth illustration from a set of 7, especially designed to streamline the various spaces of the newest dental clinic MD Kids, located in Rua Castilho, Lisbon.
Placed in one of the treatment rooms, this illustration is called "I love when you make me laugh" and it was executed in mixed media on MDF 50x70 cm, 5 mm thick.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Instantes



Um novo livro, com aquele cheiro inebriante que só um recém-nascido feito de papel, tinta e amor consegue ter. Uma poderosa droga, com efeitos impossíveis de atingir por qualquer outra substância, lícita ou ilícita.

A new book with that exhilarating scent that only a newborn made of paper, ink and love can have. It's a powerful drug with effects impossible to achieve by any other substance, licit or illicit.