Era uma vez uma menina que se chamava Olguita.
Olguita estava sentada à porta de uma casa, lavada em lágrimas. Ela chorava, chorava, chorava…
A dada altura, as pessoas que passavam pararam e perguntaram-lhe: -“Porque choras, menina?”
Ela respondeu-lhes: -“Porque perdi a minha mãe.”
E as pessoas da aldeia insistiram: -“Mas como se chama a tua mãe?”
- “Chama-se mãe!”, respondeu-lhes.
- “Mas, onde é que ela vive? Onde é que tu vives?”, tornaram elas.
-“Eu vivo na minha casa!”.
Já ninguém sabia o que havia de fazer. Mas ainda assim, voltaram a perguntar-lhe: -“Com quem se parece ela? Como é a sua cara? Podes descrever a tua mãe?” -“Oh! A minha mãe é a mulher mais bela do mundo”, disse a menina. Foi então que decidiram trazer todas as jovens mães da aldeia à presença de Olguita. -“Não, esta não é a minha mãe. Não, esta também não é. E aquela também não!”E recomeçou a chorar.
Subitamente, uma mulher de avental apareceu do outro lado da rua. Era uma mulher muito, muito gorda, de cara redonda e anafada, com uns olhos que brilhavam de alegria.Logo que viu a filha, correu para junto dela e exclamou: -“Minha filhinha, minha pequena Olguita!” E a menina saltou para o colo da mulher, abraçou-a e, virando-se para as pessoas da aldeia, disse: -“Vêem, esta é a minha mãe, a mulher mais bela do mundo!”
Conto russo transcrito por Holly Paxton
Publicado em "Um mundo de criança - Aprender a ler o mundo", Oikos
Há uns meses fui convidado para participar no 2º Encontro Nacional de Ilustração, que irá acontecer nos dias 14 a 16 de Maio, em São João da madeira. No seguimento do 1º Encontro Nacional de Ilustração no feminino, que reuniu em 2008 um total de 34 ilustradoras, o evento incidirá este ano apenas em ilustradores do sexo masculino, mantendo no entanto o mesmo texto a ilustrar, i.e., "A mulher mais bela do mundo", acima transcrito. Uma opção muito interessante, já que para além de proporcionar um vasto leque de abordagens sobre um mesmo estímulo, permitirá ainda observar a forma como as sensibilidades masculina e feminina intervêm num mesmo texto, que curiosamente incide sobre a maternidade.
A cada ilustrador foi solicitado um conjunto 3 ilustrações, com as dimensões máximas de 25 cm.
As ilustrações que aqui apresento são aquelas com que participei, e foram realizadas em técnica mista sobre MDF de 3mm.
Paulo Galindro
L-I-N-D-O!!!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Estão lindas!
ResponderEliminarParabéns...
Acabei de
ResponderEliminarver..toquei...senti... "as tuas filhas" AMEI..
Parabéns Paulo....
Agora que vi os originais, volto a escrever L-I-N-D-O!!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Absolutamente lindo!
ResponderEliminaroI.....SOU DO BRASIL e me chamo Julia,....
ResponderEliminarAdorei seu blog...
entrarei sempre......
beijos
Obrigado a todos pelas palavras simpáticas. Adorei fazer este trabalho. A maternidade é um tema que me é muito especial. Quanto a ti Julia, que és do Brasil, escusado será dizer, "mi casa, su casa".
ResponderEliminarestou desejosa que voltem depressa para colocá-las nas nossas paredes! AMO-TE!!!
ResponderEliminarEstão muito bonitas Sr. Ilustrador =)
ResponderEliminaré com orgulho que aqui passei para dizer a todos que estas pinturas já passaram pelas minhas mãos =)
Dia 14 de Mio quero um autografo !!!
Ana Lúcia
Será com o maior prazer que o farei, Ana. Fiquei muito feliz que tenha gostado.
ResponderEliminarPS: Pode chamar-me Paulo.
Gostei imenso! Tanto das ilustrações quanto da história ambas duma simplicidade e duma beleza extremas! Parabéns!
ResponderEliminarVoltarei sempre!