Paulo Galindro
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sexta-feira, 31 de julho de 2009
Plano Nacional de Leitura
Paulo Galindro
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 14
Dia#6
Esta fase não correu nada, mesmo nada bem. Na verdade, demorou 3 dias a ser completada e não apenas um, como falsamente o subtítulo deste post indicia. Subdividindo-se em 5 etapas, foi exactamente nas primeiras duas que tudo correu menos bem.
A voz celestial da minha querida e divina Maria Callas embalou-me os sentidos durante a execução das últimas 3 etapas desta fase. "Romantic Callas" é uma colecção das melhores árias interpretadas pela diva, de um vasto repertório de óperas abrangendo compositores como Puccini (o meu preferido), Bizet, Berlioz e Verdi. Simplesmente adorável e uma boa porta de entrada para o universo da ópera. Basta ouvirem a ária "Un bel di, vedremo" de "Madame Butterfly"... garanto-vos arrepios em partes do vosso corpo até aí desconhecidas.
Paulo Galindro
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 13
No primeiro momento,
No segundo dia,
No terceiro dia,
Ao quinto dia
No sexto dia,
Excerto do capítulo "As crónicas do início de tudo"
Quando nos sentimos em baixo nada como sair e pintar um céu cheio de nuvens. Foi o que eu fiz ontem.
Paulo Galindro
quinta-feira, 23 de julho de 2009
"Então queres ser escritor?"
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração da tua cabeça da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.
se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.
se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.
não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-
-devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.
quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.
não há outra alternativa.
e nunca houve.
"Então queres ser escritor?"
Charles Bukowski
(Tradução de Manuel A. Domigos, a partir do original)
Imagens para quê... aqui, mil palavras valem muito mais do que uma imagem! Um poema impressionante, adaptável a qualquer actividade criativa que nos exija total paixão e devoção. Nada menos do que isso!
Paulo Galindro
terça-feira, 21 de julho de 2009
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 12
Hoje foi um dia particularmente difícil. Estou com uma tremenda de uma constipação e sinto-me extremamente cansado, mas mesmo assim decidi acabar de vez esta fase estéril de criatividade, mas fundamental, de preparação da superfície de trabalho. Mas antes tive de lidar novamente com o deserto de pó que entretanto, se depositou no chão. Vassoura e aspirador foram as minhas armas, numa batalha inglória que acabei por perder, já que o pó de estuque parece ter hábitos de procriação. Acabei por me render às evidências... mesmo que a nossa espécie um dia se venha a extinguir, o pó, esse ficará cá para sempre.
Para mim, ter o corpo envolvido em música e as mãos sujas de tinta são a melhor terapia.
Paulo Galindro
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Com a cabeça na lua
Exactamente 1 ano antes de eu ver pela primeira vez a lua - e o sol, e as estrelas e tudo o resto que tornam esta vida tão bela - já o Homem tinha pisado a sua superfície estéril e árida que, como puderam facilmente constatar, não era feita de queijo (pelo menos do comestível). No entanto, ainda hoje, quando vejo essas imagens tão mágicas, emociono-me tão facilmente como se as tivesse assistido em directo. De facto, é uma falsa memória que faz parte integrante mim, de tão forte que é, que juro a pés juntos que já por cá andava há alguns anos quando este "(...) pequeno passo para o Homem, mas um passo gigantesco para a Humanidade" foi dado.
Céus, e como eu gostava de ir lá!
Se algum dia surgir a oportunidade de um português se tornar astronauta farei questão de concorrer, mesmo que use dentadura e já tenha uma excursão de 3ª idade à Serra de Estrela marcada na agenda.
Paulo Galindro
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 11
Dia#3 (de manhã)
Durante esta manhã, acabei a aplicação da massa de reparar nas juntas dos painéis de madeira. Com esta fase terminada, resta-me esperar que a massa seque completamente para que se possa passar à fase da lixadora. Prevejo uma tempestade de pó de proporções faraónicas.
Talvez logo à noite volte à carga. Logo se vê o meu estado de espírito.
O meu IPod debitou toda a manhã os dois álbuns dos Snow Patrol, mais precisamente o "Eyes open" e "A hundred million suns". Digam o que disserem os críticos, gosto desta banda irlandesa. Juntam emoções e electricidade de uma forma muito harmoniosa. Uma curiosidade... segundo consta, anda a fazer a primeira parte dos U2.
Dia#3 (à noite)
Paulo Galindro
sexta-feira, 17 de julho de 2009
36+1=37
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida,
hoje é dia de festa,
cantam as nossas almas,
para a menina Natalina,
Uma salva de palmas!
Parabéns meu amor! E agora, mais um presente:
Tu és a luz que me ilumina o coração
Tu és para mim, como o nascer da manhã
Tu és assim, tu és o sol
Abraçar todo o teu ser é divino
Faz-me voar para lá da condição
É como acordar num dia fresco e bonito
Querer amar faz bater o coração
Tu és o sol que me aquece no Verão
Tu és a luz que me ilumina o coração
Tu és para mim, como o nascer da manhã
Tu és assim, tu és o sol
Viajar na terra da fantasia
Sonhar com fadas e varinhas de condão
Quero acordar num dia fresco e bonito
Quero amar e quero acreditar
Tu és o sol que me aquece no Verão
Tu és a luz que me ilumina o coração
Tu és para mim, como o nascer da manhã
Tu és assim, tu és o sol
No teu olhar eu viajo para longe
Até chegar, és a minha oração"
Tu és o Sol
Sara Tavares
Paulo Galindro
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 10
Dia#2
Continuação dos trabalhos de preparação da superfície onde será executada a ilustração. Massa de reparação, espátula e um monte de paciência marcam esta fase do trabalho, que é tão aborrecida como fundamental.
Banda Sonora: The Doors com "Waiting For The Sun" por ser noite alta, Pelican com "Australasia" por precisar de muita energia e Underworld com "Dubnobasswithmyheadman", porque o ritmo é a melhor forma de ultrapassar esta fase.
No próximo dia conto com a finalização desta etapa, ficando as paredes prontas a receber o primário.
Paulo Galindro
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 9
Dia #1
Ainda com a adrenalina no sangue, e o espírito a saltitar de nuvem em nuvem, vi finalmente reunirem-se as condições para dar início ao trabalhos de concepção / ilustração da Sala do Conto da BMC. Confesso que não gosto muito destes primeiros dias de confusão e indeterminação, já que há sempre alguma coisa que falta levar para o espaço de intervenção. É um momento de organização e realização de todas aquelas pequenas tarefas que não se vêem no trabalho final, mas que lhe são absolutamente fundamentais para a sua qualidade e expressão final: Isolar com fita adesiva tudo aquilo que não quero pintar por descuido; tapar o chão junto ao plano de trabalho com um plástico; cobrir as juntas dos painéis de madeira com fita de fibra de vidro para posterior aplicação de massa tapa-fendas (de forma a que estas imperfeições não sejam perceptíveis sob a ilustração); tratar da iluminação da superfície de trabalho (dois projectores de halogéneo de 500 W cada que emitem mais calor que o sol do meio-dia em Tróia); instalar permanentemente o tripé num lugar estratégico de forma a conseguir obter as melhores imagens possíveis da progressão do trabalho (para a elaboração de uma animação frame-a-frame). Ah! e, por fim, colocar as colunas de som, que, ligadas ao meu IPOD, serão as minhas grandes companheiras de viagens sonoras nos próximas semanas.
Na minha mente, consigo visualizar o projecto totalmente concluído com uma nitidez tridimensional e fotográfica quase sobrenaturais . Tudo o que tenho de fazer é deixar os meus sentidos serem guiados por essas imagens. Este é um, dos meus segredos... mas não o revelem a ninguém!
Paulo Galindro
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Sonho 4: Voar
"Diz lá como fazes - Pediu John que era um rapaz prático, esfregando os joelhos.
- Pensas só em coisas maravilhosas, e elas elevam-te no ar - explicou Peter.
Voltou a demonstrar-lhes.
- Assim é muito depressa - comentou John - Não podias fazer mais devagar?
Peter exemplificou das duas maneiras, devagar e depressa.
- Já percebi, wendy - gritou John, mas logo verificou que não .
Nenhum deles era capaz de voar um centímetro, embora Michael já estivesse a aprender palavras de duas sílabas e Peter não distinguisse um A de um Z.
Claro que este estivera a brincar com eles, porque ninguém pode voar se não lhe espalharem por cima pó de fadas. Felizmente, tal como dissemos, ele tinha uma das mãos suja desse pó, e soprou um bocadinho sobre cada um deles, com o melhor dos resultados.
- Agora sacudam os ombros assim e levantem voo.
Estavam todos em cima das camas e o valente Michael foi o primeiro a tentar. Não tencionava, de facto, levantar voo, mas conseguiu e lançou-se no ar, atravessando o quarto.
- Eu voei! - gritou quando estava em pleno ar.
John ergueu-se no ar e encontrou wendy perto da casa de banho.
- Que maravilha!
- Que formidável!
- Olhem para mim!
- Olhem para mim!
- Olhem para mim!"
J. M. Barrie in "Peter Pan"
Existirá melhor forma de começar o trigésimo nono ano da minha vida do que Voar?
Foi isso mesmo que fiz esta manhã... Voar! Um velho sonho de infância. A 13500 pés de altitude (aproximadamente 4200 metros), saltei de um avião cheio de sonhadores como eu, e que, tal como eu, no preciso momento em que se sentaram à porta do avião com toda a certeza pensaram se não seria mais sensato estar sentado numa esplanada a beber um café e a comer um mil-folhas. Posso no entanto garantir que se alguma dúvida existiu durou apenas uma fracção de segundo, pois o que aconteceu a seguir foi uma experiência absolutamente magistral, alucinante e, por isso mesmo, inesquecível: Durante aproximadamente 50 segundos - que para mim não tiveram qualquer tradução em termos quantitativos, já que o tempo se dilatou e contraiu ao ritmo das emoções - caí em queda livre a uma velocidade de 200 km/h. Como se não bastasse, depois do paraquedas abrir, ainda estive no ar uns bons 10 minutos, onde deu para tudo, desde fazer uma série de "quase loopings" absolutamente desvairados, ziguezaguear de uma forma insana, rir em gargalhadas desbragadas, deliciar-me com a paisagem alentejana, pilotar eu próprio o paraquedas, emocionar-me até às lágrimas, e por fim, aterrar tão suavemente como uma pena.
Fica a certeza de que repetirei esta experiência!
Paulo Galindro
sábado, 11 de julho de 2009
38 + 1 = 39
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Sonho 4: Voar
(Neste preciso momento, a minha maçã de adão andou para cima e para baixo, emitindo um som gutural do tipo "glup")
Paulo Galindro