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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Biblioteca Municipal de Carnaxide: Passo-a-Passo 29







Dia#21

Mais uma vez passámos o dia nas lides de carpintaria. Acabámos a construção dos 4 biombos. Inicialmente eram para ser 5 biombos, mas um erro no escalamento da planta do espaço que me foi cedida no início (e que resultou num pequeno sobredimensionamento do espaço face à área real) e mais tarde, um aumento deliberado das dimensões inicialmente previstas para os biombos, com vista a um total aproveitamento no corte das placas de MDF de origem (que eram maiores que o inicialmente previsto), estiveram na origem da alteração dos planos. Esta alteração de última hora deu origem a uma espaço menos fragmentado, menos cheio e com uma leitura mais contínua e fluida da parede formada pelos biombos, já que estes se apresentam mais abertos e, consequentemente, com menos cantos e esquinas pronunciados.
Após a montagem dos biombos, as inevitáveis imperfeições e os buracos dos parafusos foram regularizados com massa de betume e posteriormente lixados. Esta operação voltou a provocar uma tempestade de pó de proporções bíblicas, que por ser de gesso, ainda se revelou mais agressivo para a pele e vias respiratórias.
Á tarde, o meu filhote Miguel fez-me uma visita. Imagino o quanto a personagem lhe deve ter parecido gigante.

Lá longe, o IPod debitou notas quentes de Jazz, ou, como desde sempre lhe chama o meu filho João, de “Música de Chuva” (a Bossa Nova também foi honrada com esta linda denominação). De facto, esta música aconchegante faz parte do nosso imaginário invernal, repleta de inesquecíveis “picnics” em frente à lareira, enquanto lá fora a chuva risca a paisagem.
Chet Baker, Chet Baker Quintet, Charlie Parker e Django Reinhardt aqueceram-nos o ambiente. Excepção a Mischa Maisky, que tocou Bach e Vivaldi.

Paulo Galindro

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