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quinta-feira, 8 de março de 2012

Para um Farol chamado Natalina







E agora...

This one goes to the one i love.

Para a mulher que me acolhe, que me suporta os momentos maus e voa comigo nos momentos bons.
Para a mulher que me protege e aconchega como um porto de abrigo.
Para a mulher que tem paciência infinita para os meus defeitos de fabrico (e são mesmo muitos) e que me aceita tal como sou, mesmo que por vezes essa seja uma tarefa hercúlea, até mesmo para uma mulher.
Para a mulher que percorre comigo esta louca existência a que chamamos vida, e que partilha comigo tantas paixões, desejos e sonhos.
Para a mulher que é um verdadeiro farol num mar por vezes tão tempestuoso, e cuja luz - umas vezes tão ténue como uma vela ao vento, outras tão forte como o sol de Agosto - jamais se apagou.

Para ti Natalina,

Amo-te!






A Mulher Mais Bonita do Mundo

estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram 
flores novas na terra do jardim, quero dizer 
que estás bonita. 

entro na casa, entro no quarto, abro o armário, 
abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio 
de ouro. 

entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como 
se tocasse a pele do teu pescoço. 

há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim. 

estás tão bonita hoje. 

os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. 

estás dentro de algo que está dentro de todas as 
coisas, a minha voz nomeia-te para descrever 
a beleza. 

os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. 

de encontro ao silêncio, dentro do mundo, 
estás tão bonita é aquilo que quero dizer. 

José Luís Peixoto, in A Casa, a Escuridão

1 comentário:

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