Ilustrar um livro é, de certo modo, a travessia de um deserto, em que os oásis são as ideias que vão surgindo aqui e ali no meio de um oceano de areia multicolor, nas entrelinhas, por entre palavras, na mediatriz dos parágrafos. Umas vezes são oásis reais, refrescantes, tonificadores, estimulantes. Outras meras de ilusões de ótica, que se desfazem em mil garatujas sem sentido. Mas no fim da travessia, todos eles sem excepção, foram fundamentais.
No primeiro trimestre deste ano estava uma vez mais no meio desse deserto com o livro "Ter uma irmã é...", escrito pela Lara Xavier e editado pela Booksmile. Saiu para o mercado em Maio.
Uma das perguntas mais recorrentes que me fazem:
- O que sentes quando vês pela primeira o livro que acabaste de ilustrar? Quando o abres, e cheiras aquele cheirinho bom que só os livros acabadinhos de imprimir têm?
Um extâse quase,quase orgásmico.
A terrível sensação de que podia ter feito tão melhor.
Por fim... um vazio imenso, só possível de ser preenchido pelo próximo livro.
Assim de repente... parece que estou a falar de drogas... ou de sexo. Ou das duas ao mesmo tempo.
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