Ter uma cachorrinha com 2 meses não é pêra doce. Ainda por cima se fôr uma Border Collie... uma raça sobejamente conhecida por ter uma taxa de energia (e já agora, de inteligência) muito acima da média. São os cócós de todas as formas e feitios que mais parecem ilhas num mar feito de chão (1). São os xixis nos lugares mais insuspeitos. São as dentadas nas esquinas de madeira que pinceladas inflamadas de Tabasco tentam a todo o custo evitar. São os cortinados rasgados que parecem ter saído de um filme de Hitchcock. São as pantufas feitas de pêlo de ovelha que mais parecem o Tim Burton ou o Robert Smith, de tão descabeladas que estão. É o piaçaba das casas-de-banho que aparece debaixo da mesa da sala. E são um sem número de peúgas, boxers e afins que apresentam danos colaterais graves. Mas sabem de uma coisa. Basta chegar a casa e assistir à maior explosão de alegria a preto e branco que já me foi oferecida em toda a minha vida para considerar que tudo o resto são peanuts. Tudo isto acompanhado com um bombardeamento de lambidelas que me deixam a cara mais hidratada que o rabinho de um bébé acabado de tomar banho.
É certo que por vezes nos chateamos, irritamos e ralhamos com ela por tudo e por nada, mas a vida é mesmo isto... é tudo aquilo que acontece enquanto esperamos que algo aconteça.
É bom! Muito bom mesmo!
(1) No que se refere às necessidades de carácter sólido e liquido, em abono de verdade devo dizer que 80% das mesmas são feitas em cima dos jornais que estão na varanda. E já agora, porque estas coisas são realmente importantes, a Skye gosta de fazer pontaria aos artigos que falam sobre política, e muito especialmente, sobre os nossos políticos. Prova irrefutável da sua inteligência.