"There is a light that never goes out" por Paulo Galindro Belém, 12 de Janeiro de 2013 |
Por vezes, o meu peito arde um pouco e parece querer agigantar-se... nesses momentos gosto de pensar que esses são sintomas agradáveis noutras ocasiões, quando colónias de borboletas instalam-se na nossa barriga. Mas infelizmente não é nada disso. Outras o peito parece comprimir-se, como se quisesse esconder-se. É... O meu Coração já viu dias melhores.
Durante todo este tempo que se tem arrastado a um ritmo pastoso, nada li sobre o que tenho. Quis com isto evitar dramatismos desnecessários e descontextualizados que em nada ajudariam a minha recuperação. Agora temo que não o ter feito possa ter-me levado a subestimar a situação em que me encontro. Merda... O Caminho do Meio é das coisas mais difíceis de atingir, pelo menos para uma pessoa vulcânica e estratosférica como eu.
Estou à espera que médicos me vejam, olhe, cá para dentro e me digam que está tudo bem, que o que sinto faz parte de um processo de construção e não de desconstrução. Até lá tentarei ficar quieto. E acabar devagarinho as ilustrações de um livro que tenho em mãos, que no meio desta tempestade tem sido simultaneamente ponto de encontro de mim comigo mesmo e um parto muito difícil e arriscado.
Quieto...
Penso em Faróis... e na sua Luz.