Hoje, 18 de Outubro, o meu filhote Miguel faz 10 anos... a décima parte de um século. É uma idade linda, deveras importante na vida de qualquer homem. Os psicólogos dão-lhe o nome técnico de "A fase em que um homem faz 10 anos".
Podia mostrar aqui o bolo lindo que a Natalina, mestra das artes e dos ofícios, lhe fez (e vou mostrá-lo... mas daqui a umas horitas), ou inventar uma imagem qualquer maluca envolvendo-o como modelo, aproveitando os últimos 2 ou 3 anos de colaboração em que ele ainda vai na minha conversa.
Poder até podia...
... mas não vou fazer nada disso.
A melhor homenagem que se pode fazer a um ser humano, é valorizar aquilo que nasce das suas mãos, das suas ideias, dos seus sonhos. E o Miguel é um sonhador / fazedor... ao contrário do pai, não se fica por devaneios nem dramas existenciais... sem dar cavaco a ninguém, pega na matéria em bruto, contempla-a de vários ângulos com aqueles olhos onde cabe a via láctea inteira, e vendo nela coisas que mais ninguém vê, transforma-a em objectos, criaturas mágicas, texturas que nós e os nossos limitados 5 sentidos conseguimos descodificar.
Dentro dele sopram mil ventos em mil direções. Frenéticos, descontrolados, barulhentos até mais não... Assustadores para ele e para nós. Mas um dia, sei que vai construir a vela perfeita para navegar no meio deste reboliço e descobrir finalmente que as forças que antes pareciam travá-lo, são exatamente as forças que o vão levar longe.
Parabéns filho... vida longa a todos nós para que possamos assistir às tuas vitórias.