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Ela não era um cão.
Vivia num corpo de um cão,
comia comida de cão,
dormia como um cão,
ia ao lixo como um cão,
durante a noite fazia barulhos estranhos como um cão (e até como uma pessoa, pois ela ressonava!),
e fazia as necessidades como um cão.
Mas não, ela não era um cão,
pelo menos um "cão normal".
A alma da ruth é uma alma muito antiga e sábia.
Já deve ter estado cá um milhão de vezes.
Diria até que a Ruth já foi uma pessoa,
depois evoluiu e reencarnou como um animal.
A Ruth mostrou-nos:
a humildade perante a dor,
o amor incondicional,
o perdão incondicional,
a devoção eterna,
a bondade,
o silêncio (sim a Ruth não gania nem ladrava, mesmo perante dores imensas)
...
Hoje penso, aliás, SEI
sem entrar no mundo da religião,
que a Ruth sempre foi, é e será um anjo da guarda
que nos foi gentilmente oferecida pelo Universo
para nos ensinar a divina trindade:
a vida
o amor
e a morte.
Eu, no meu caso, sei precisamente o que ela me veio ensinar! Só espero ter aprendido.
Descansa em Paz, AMIGA!
Um dia, quem sabe, talvez possa passear contigo outra vez.
Por Paulo Galindro
5 comentários:
Paulo nunca tive aquilo que chamas "cão normal". Todos os que tive foram verdadeiros amigos e deram-me amor incondicional. Sinto muito a vossa perda, também já perdi um amigo assim e custa muito. Um abraço!
Um amigo, é por definição, um ser excepcional, nunca apenas "normal". Esta palavra foi apena utilizada no sentido metafórico. E já agora, muito obrigado pelas tuas palavras.
Por Paulo Galindro
Sem dúvida, um amigo é para nós um ser excepcional. Sabes o que nos ajudou na dor? Foi ter arranjado outro cão (ou melhor, arranjaram-nos). Não substitui claro, mas ajuda muito. Um abraço e força :-)
Bem, agora fiquei com um nó na garganta. Pois fica sabendo que a Ruth também aprendeu muito contigo (com a pessoa sensível e especial que tu és) e teve a sorte de partilhar tantos momentos contigo e com a tua familia!
Beijinhos!
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